Cada vez é mais comum observar um jardim vertical em ambientes dos mais variados.
Jardins verticais são vistos e procurados em projetos de decoração e arquitetura de diversos lugares, como uma alternativa para locais com pouco espaço, ou até mesmo para cobrir muros, fachadas e proporcionar um conforto visual.
No mercado há diversas opções para planejar e montar o seu próprio projeto, como painéis, treliças, ganchos, molduras, vasos e até mesmo canos.
Entretanto, é importante organizar as ideias e conhecer os tipos de espécies de plantas que se adaptam para determinados ambientes e locais.
Vale lembrar, a importância de alguns itens como: incidência solar, tipo de irrigação (ex.: umidade, frequência de rega), tipo de planta (ex.: tamanho, peso, quantidade), solo (matéria orgânica), ventilação são fundamentais para qualquer projeto paisagístico, principalmente quando pensamos em jardins verticais.
As técnicas de montagem são variáveis, porém as mais comuns são as de telas em que são dispostos vasos em determinados pontos de uma parede.
A fim de facilitar o transporte e diminuir o peso dos vasos são adicionados substratos leves. A rega pode ser manual ou irrigação manual ou automática.
Confira nosso artigo e saiba muito mais:
Cuidados Importantes na criação do seu Jardim Vertical
Antes de tomar a decisão sobre como e onde começar a pensar ou fazer um jardim vertical, vale a pena se atentar a algumas observações:
- Estrutura: se a ideia realmente é cobrir toda a área, parecendo um tapete vertical de plantas, é importante verificar o tipo de material utilizado para sustentação. Telas, no geral, não delimitam espaço para plantas. Sendo importante avaliar o tipo de vaso de plantas, quando a finalidade é preencher todo o espaço.
- Existem também placas e tecidos geotêxtil para acomodas as espécies vegetais. Nestes casos avalie a qualidade do produto e pesquise qual tipo de tratamento existente na estrutura, evitando que se tornem locais de propagação de fungos (locais quentes e úmidos).
- Escolha de plantas: não adianta colocar plantas e raízes de grandes portes. Visto que o espaço é pouco e limitado. É importante reparar as necessidades de cada planta, evitando colocar plantas de muito e pouco sol juntas ou plantas com muita necessidade de água juntamente com outras plantas com menor necessidade. Dê preferencia a plantas perenes que demandam baixa manutenção. Outra boa opção é usar folhagens e plantas pendentes (que dão a sensação de tapete e fechamento da área). As forrações também são ótimas opções para cobrir locais
Um dos grandes problemas dos jardins verticais, quando se trata de projeto/estrutura é que após a implantação, algumas plantas morrem, deixando espaços vazios na parede, isso se deve geralmente, a falhas de manutenção e estrutura dos mesmos, uma vez que muita água acarreta o apodrecimento.
Quando regamos uma planta lá do topo, o excesso de água tende a cair nas plantas que estão abaixo e assim sucessivamente.
Por isso, a manutenção é a peça chave para manter o jardim vertical.
Seja acrescentando uma canaleta para coleta da água ou calculando a quantidade exata de água, evitando desperdícios.
Observar a quantidade de água e como é feita a drenagem são fundamentais para evitar danos nas plantas, na estrutura, na parede de sustentação e no próprio piso.
Outro fator que vale atenção é a escolha das espécies vegetais: a falta de espaço influencia no desenvolvimento da planta, assim como a escolha errada das espécies e a concentração de adubo em determinado local, também são pontos que devem ser considerados em um projeto.
A escolha de um substrato adequado, uma adubação correta, junto com uma irrigação que atenda todas as plantas da área faz toda a diferença na beleza e harmonia de um jardim. Até porque nem sempre será fácil adubar uma planta a 20 metros de altura, por exemplo. Por isso, a irrigação pode auxiliar a carregar os nutrientes necessários para as plantas. Cada planta tem um tipo de necessidade, o que torna a escolha das espécies, uma etapa fundamental no momento de colocar as ideias e sugestões no papel.
A quantidade de plantas também é outro fator importante, se a intenção é esconder a parede, é necessário conhecer o porte adulto da planta e seu respectivo tempo de crescimento, para plantar com o espaçamento adequado e permitindo o desenvolvimento da planta. Isso diminui os riscos de perda e apodrecimento, dificultando a manutenção, aumento os custos, prejudicando a estética e entre outros fatores.
Em outras palavras, vale a pena conhecer e se atentar em alguns itens para ter um jardim bonito e bem cuidado.
Mundialmente reconhecido, o botânico Patrick Blanc, desenvolveu diversos estudos sobre plantas e florestas tropicais, que tem o enfoque de desenvolver projetos paisagísticos em qualquer ambiente, segundo observações da própria natureza. A partir de seus trabalhos, Patrick Blanc, é considerado o precursor do conceito de jardim vertical. Seus trabalhos são encontrados ao redor do mundo, inclusive em duas cidades brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, demais obras, também podem ser visualizadas no site do botânico.
Patrick Blanc elaborou diversos trabalhos e obras a partir de observações da natureza. Diante disso, percebeu seu comportamento e dinâmica nos diferentes ambientes e condições ambientais. A partir de estudos e pesquisar integrou arquitetura, realçando o potencial de ambientes urbanos, e paisagismo com elementos da natureza.
O método proposto é composto por uma estrutura metálica, para estruturar o jardim na parede; uma camada de PVC, de 1 cm, é fixa na estrutura metálica para proporcionar maior rigidez e por último, uma camada de feltro, que impede o crescimento exacerbado das raízes à procura de água, vale lembrar que a escolha das plantas, influencia diretamente no resultado. Também há irrigação regular com fertilizantes e estudos como o tamanho disponível para o plantio e condições físicas e químicas do local de implantação.
As plantas são inseridas no feltro e podem ser plantas adultas, mudas ou sementes. Vale lembrar que cada fase da planta necessita de cuidados e atenções diferentes.
Seus trabalhos são vistos ao redor do mundo e na América do Sul, apenas em São Paulo, na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).